quinta-feira, 3 de julho de 2008
Sereno descarta saída
«Não tenho pressa em sair do Vitória»
Esta é a declaração que faltava acrescentar a todo o ruído que continua a fazer-se a pretexto de uma quase anunciada saída de Sereno do plantel do Vitória.
«Não há razões para isso. Continuo tranquilo, sereno – risos do jogador – e à espera de fazer uma grande época no Vitória. Não tenho pressa nenhuma em sair do Vitória. É o meu clube e é o grande clube com que um jogador sonha para evoluir, as notícias de que posso vir a ser transferido não me desfocam do essencial. Treinar bem, ajudar os meus colegas e sonhar com mais uma grande época da nossa equipa. É isso que queremos, porque é isso que torna felizes os nossos adeptos.»
Sentindo-se cortejado por alguns dos bons clubes europeus, Sereno continua a pensar à Vitória. Mentalmente não veste a camisola de nenhum outro clube e tão pouco a de um dos clubes que mais fascínio provoca nos jornais: «Se lhe disser que tinha o objectivo de jogar num dos grandes do futebol português, isso é verdade. Mas o que é verdade é que eu já jogo num desses clubes, ou duvida que o Vitória é claramente um desses grandes do futebol português? Para quê jogar no FC Porto, Benfica ou Sporting, se o Vitória tem uma dimensão semelhante. Vou ser muito sincero. Se um dia jogar num desses clubes será sempre por causa de eventuais contrapartidas financeiras, nunca será por prestígio ou grandeza. Disso já estou suficientemente servido neste grande clube. A minha vontade de chegar a um desses clubes que citou dilui-se muito com a minha chegada e a minha afirmação no Vitória.»
De facto, com o mesmo mando que demonstra na defesa do Vitória, Sereno revela a sua autoridade moral para descrever a montanha russa que foi a sua adaptação ao clube e à cidade: «No início foi difícil. Cheguei de um meio pequeno, de um clube pequeno e deparei-me com a grandeza do Vitória. Recordo que o meu primeiro jogo pelo clube foi na Vila das Aves e fui surpreendido com o apoio de 5 mil adeptos e sócios do Vitória. Assustei-me um bocadinho, porque estava habituado a jogar para a família e para os amigos em Elvas. Foi um choque tremendo. Mesmo a cidade, a paixão dos adeptos e a própria realidade do clube deixaram-me sem pinta de sangue. Foi necessário fazer uma adaptação a tudo isto. Fui emprestado ao Famalicão, mas tive a ajuda de uma tia minha, com quem passei a viver e tudo foi sendo ultrapassado. Na época passada, então, foi espectacular. E agora vem aí a Liga dos Campeões. Está a ver porque é que não tenho pressa em sair. Quero jogar a Champions neste clube. Acho que ganhei o direito a isso. E adoro estar aqui. Comigo não há crise nenhuma se permanecer neste plantel. É com isso que conto e foi para isso que me preparei durante as minhas férias. »
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