O acordo verbal já existia desde sexta-feira, mas só ontem de manhã ficou oficializada a permanência do lateral-esquerdo Luciano Amaral em Guimarães, por cedência do Vila Rio, clube brasileiro detentor do passe. O desfecho das negociações foram de encontro às pretensões dos vimaranenses, que não tiveram de pagar qualquer verba pela continuidade do jogador. A notícia foi recebida com "muita satisfação" pelo esquerdino. "Gosto muito deste clube e da cidade. Sinto-me totalmente adaptado e muito feliz por continuar por aqui", comentou. Depois de um arranque promissor, o brasileiro foi preterido na parte final da época, primeiro por Desmarets e, depois, por Momha, mas encara a circunstância com normalidade. "Acontece a quase todos os jogadores. Por vezes, é complicado manter o mesmo ritmo", explicou, munido de uma forte vontade em "dar o máximo durante a pré-época", para figurar nas escolhas finais de Cajuda.
No horizonte está já a participação histórica na pré-eliminatória da Champions e, ao contrário da maioria, Luciano Amaral não tem preferências quanto ao adversário: "Será um sorteio e não temos muito por onde escolher. Não esperarmos qualquer tipo de facilidade, mas estamos preparados para isso e durante o mês de Julho vamos dar o máximo em cada treino para entrarmos bem na competição", deixou, em jeito de aviso à concorrência na milionária prova de clubes da UEFA.
Os altos e baixos da primeira opção
Natural de Campina Grande, no Brasil, Luciano Amaral chegou a Guimarães na época do regresso ao escalão superior, proveniente do CRB de Alagoas. Depressa se afirmou na ala canhota da defesa, também por força da lesão do camaronês Momha, o outro companheiro de sector, e durante 12 jornadas foi titular indiscutível no Vitória. A partir da 18ª ronda do Campeonato, frente ao Leixões, foi remetido para o banco de suplentes, passando a manter o ritmo exclusivamente na Liga Intercalar, onde, inclusive, chegou a ser utilizado como extremo e, diga-se de passagem, não se comportou nada mal. Já sem Luciano como primeira escolha no onze inicial apresentado na Bwin Liga, o técnico Manuel Cajuda optou pela adaptação do francês Desmarets ao sector defensivo e, depois da total recuperação de Momha, o internacional camaronês adquiriu o estatuto de imprescindível até ao fecho da temporada, concluída com o terceiro lugar na Bwin Liga.
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